Oi, antenadas!
Agora o papo é sério. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, uma entidade sem fins lucrativos, apontou que alguns esmaltes tem substâncias nocivas à saúde. Doze esmaltes de tonalidades claras e transparentes, das três marcas mais vendidas do país, a Impala, Risqué e Colorama, foram analisados. O que chamou a atenção entre os quesitos testados foi a composição. Os resultados foram impressionantes.
Dos doze, sete apresentaram substâncias consideradas cancerígenas na Europa. Entre os componentes estão o nitrotoluene, o tolueno, o furfural e o que tem o uso proibido em cosméticos no continente europeu, o dybutilftalato. A pesquisa não apontou casos de pessoas que teriam sido prejudicadas com os produtos. O técnico da Proteste, disse que nessa concentração dos esmaltes, eles não são cancerígenos. Mas, se usado toda semana, a longo prazo, a pessoa pode ter reações como alergias, dermatites ou problemas mais sérios.
De acordo com a Associação, os componentes não são regulamentados pela Anvisa, portanto, os fabricantes estariam de acordo com a lei. Mas, como existem testes na Europa sobre o assunto, a Proteste enviou a pesquisa à Vigilância solicitando que a legislação seja revisada.
Agora, vamos ao que nos interessa ainda mais: saber quais foram reprovados. O estudo mostrou que os esmaltes da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué passaram no teste. Já as cores Branco Puríssimo, Renda e Paris (ai meu Deus, as que mais usamos), contém nitrotoluene e tolueno em quantidades próximas ou no limite permitido pela Comissão Européia. Da Impala, as cores Branco, Cigana, Top Blanc e Branco Hipoalergênico também teriam sido reprovadas por conter dybutilftalato na fórmula.
As empresas se pronunciaram. A Risqué, em nota oficial, afirmou que não há perigo nos produtos da marca, pois são válidos na Anvisa e cumprem todas as determinações exigidas pela legislação brasileira. A Impala disse que o componente dybutilftalato tem uso permitido em esmaltes no Mercosul e que todos os itens da linha hipoalergênica passam, no laboratório da empresa, por testes clínicos de sensibilização cutânea e fotoalergia, seguindo a regulamentação da Vigilância Sanitária.
Bom, tá dado o nosso recado. Não custa nada olhar o rótulo da embalagem, não só em relação aos esmaltes, mas a qualquer produto que consumimos. Uma dica legal é deixar as unhas um tempinho sem esmalte para respirar um pouquinho.
Lorena e Priscila.